Os nódulos tireoidianos são extremamente comuns e encontrados em até 68% da população adulta submetida a exames de ultrassonografia. A ultrassonografia da tireoide é o exame de escolha para avaliação dos nódulos tireoidianos, e sua ampla disponibilidade tornou a detecção desses nódulos mais frequente.
Duas boas notícias merecem atenção sobre os nódulos tireoidianos. A primeira é que a maioria dos nódulos tireoidianos é benigna, não sendo necessário qualquer tratamento nos pacientes que não apresentam queixas. A segunda é que os nódulos malignos, que são os cânceres de tireoide, exibem comportamento indolente, ou seja, demoram mais tempo para causar danos ao organismo, especialmente os nódulos menores de 1,0 cm.
O TI-RADS (Thyroid Imaging Reporting and Data System) elaborado pelo ACR (American College of Radiology) é um sistema que tem por objetivo classificar o risco de o nódulo ser maligno, a fim de auxiliar o médico assistente a tomar a conduta mais apropriada, que pode ser:
a) não fazer nada em relação ao nódulo;
b) realizar o controle por ultrassonografia ou;
c) indicar uma punção aspirativa por agulha fina (PAAF) para colher algumas células do nódulo e confirmar sua real natureza.
Durante a realização da ultrassonografia da tireoide, o médico deverá avaliar cinco características do nódulo, que são: composição, ecogenicidade, formato, margem e se há calcificações. Cada uma dessas características receberá uma pontuação e a soma dos pontos indicará em qual categoria final o nódulo se enquadra.
Seguem as categorias do TI-RADS ACR, com a pontuação e a devida classificação dos nódulos:
• TR1(0 pontos): Benigno;
• TR2 (2 pontos): Não suspeito;
• TR3 (3 pontos): Pouco suspeito;
• TR4 (4 a 6 pontos): Moderadamente suspeito;
• TR5 (7 pontos): Altamente suspeito.
Para finalizar, é importante ter em mente que:
• A maioria da população adulta tem nódulo na tireoide;
• Grande parte dos nódulos da tireoide é benigna;
• O câncer de tireoide pequeno costuma demorar mais tempo para gerar danos ao organismo;
• O TI-RADS ACR é um importante sistema de classificação dos nódulos e que visa a ajudar os médicos assistentes na conduta a ser seguida.
Texto elaborado pela Dra. Ana Karina de Ataíde Feitosa, CRM 17.435.