O diagnóstico de inúmeras patologias intrauterinas está cada vez mais comum, o que aumentou a busca por terapias ainda intraútero. Desde punções para investigação genética, as quais podem ser apenas diagnósticas, até grandes cirurgias.
Não são todas as patologias que são cirúrgicas, atualmente só são realizadas cirurgias que trazem benefício comprovado aos fetos ou que melhorem a qualidade de vida.
Outro ponto importante: o seu exame deve ser realizado por um médico especialista em medicina fetal e com experiência em diagnóstico, podendo ou não indicar procedimentos.
A cirurgia mais antiga, e talvez a mais conhecida, é a cirurgia de laser em gestações gemelares monocoriônicas diamnióticas, nos casos de síndrome de transfusão feto fetal, que pode ser realizada entre 18 e 26 semanas, seguindo indicações conforme a classificação de Quintero. Nesta cirurgia, queima-se com o uso de laser os vasos que vão de um feto para o outro que estejam causando a descompensação.
Outra cirurgia é a de fetos com hérnia diafragmática. A hérnia é um defeito de fechamento do diafragma (músculo), fazendo com que os órgãos que estão no abdômen subam para o tórax. Esse movimento de subida de órgãos, a exemplo do fígado na cavidade torácica, faz com que ocupem o espaço que seria do pulmão, não permitindo que este cresça adequadamente. Esta cirurgia não tem por objetivo corrigir o defeito do diafragma, insere-se um balão pela via respiratória do bebê, fazendo com que se acumule líquido nos pulmões para que eles cresçam mesmo estando comprimidos pelos órgãos abdominais. O balão é inserido e retirado ainda com o feto intraútero. Após o parto, o bebê precisará passar por uma nova cirurgia para a correção do defeito no diafragma.
E também existe a cirurgia para a correção de meningomielocele. Trata-se de um defeito de fechamento da coluna, que além de deixar exposta a medula (sistema nervoso), promove tração das estruturas intracranianas, que podem causar ventriculomegalia (acúmulo de líquido no cérebro). Ainda intraútero é possível fechar esta fenda na coluna. Essa cirurgia tem a possibilidade de ser curativa, não necessitando de novo procedimento cirúrgico após o seu nascimento. O procedimento de correção pode ser realizado por meio de cirurgia aberta ou pela via laparoscópica.
Em breve explicarei cada uma delas com mais detalhes.
Eu, Carolina Wanis, trabalho na Medceu há 10 anos, e trabalho em parceria com o Dr. Fábio Peralta, grande cirurgião fetal, que atua em São Paulo na Rede Gestar. É pioneiro em algumas intervenções cirúrgicas, e, quando necessário, encaminho minhas pacientes aos cuidados dele.
Segue um depoimento de uma paciente que foi atendida na Medceu:
Autora: Dra. Carolina Wanis Ribeiro de Sousa, especialista em Ginecologia/Obstetrícia, com TEGO e especialista em Ultrassonografia em Ginecologia/Obstetrícia pelo CBR.
Certificado de atuação em medicina fetal pela Febrasgo.
Monitora da pós-graduação de medicina fetal da Cetrus/SP
CRM DF 18291
RQE 18112
RQE 18113
CRM SP 118011
RQE 27184