São substâncias com estrutura molecular exatamente igual às dos hormônios humanos, obtidas através da engenharia genética recombinante. Tem uma ação mais natural e menores riscos de efeitos colaterais.
A nomenclatura, no entanto, está sendo utilizada, indevidamente, apenas para os hormônios manipulados, como se fossem novas opções de tratamento quando, na verdade, há muito tempo hormônios bioidênticos são produzidos em indústrias farmacêuticas e estão disponíveis nas farmácias.
O uso do termo vem sendo feito com objetivos evidentemente comerciais, como uma forma de marketing. Na realidade, quando um endocrinologista prescreve tiroxina (hormônio tiroidiano), estradiol e progesterona natural (hormônios ovarianos), testosterona (hormônio masculino), hormônio do crescimento e outros, está receitando hormônios bioidênticos, no sentido de que são hormônios cuja fórmula molecular é igual à dos produzidos pelo corpo humano.
Eles são importantes para controlar os níveis hormonais no organismo, repondo o que falta no nosso corpo, mas somente um médico especialista estará apto para receitá-los de maneira correta, na dose ideal, evitando complicações futuras. Os médicos devem estar atentos e dar preferência na prescrição médica a produtos produzidos com tecnologia de ponta e não artesanalmente, onde possa estar garantido o grau de pureza, dosagem, estabilidade, absorção, eficácia e segurança.
A Sociedade de Endocrinologia dos Estados Unidos, adverte que a fabricação individualizada de um hormônio, a tal “customização”, é praticamente impossível de ser alcançada “porque os níveis de hormônio no sangue são difíceis de medir e regular devido às variações fisiológicas. Além disso, segundo o posicionamento, não há estudos que atestem os benefícios e riscos dos bioidênticos manipulados.
Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro e o crescimento do número de idosos no país, cada vez mais médicos especialistas se deparam com questões relacionadas às terapias contra o envelhecimento, uma delas é a reposição hormonal.
Por: Dra. Zilma Eliane Ferreira Alves
Fonte: sociedade brasileira endocrinologia e metabologia