Problemas no fígado? O que precisamos saber. Dra. Zilma informa.

As doenças hepáticas crônicas são patologias do fígado que perduram por  mais de 6 meses e surgem principalmente a partir de sobrepeso, etilismo e  viroses. 

Com o tempo, o fígado não aguenta a quantidade de danos e não consegue se  regenerar apropriadamente, formando fibrose (tecido cicatricial). Se essa fibrose for intensa, faz com que haja diminuição da função hepática e  alteração da arquitetura normal, caracterizando a cirrose. 

Posteriormente pode evoluir para insuficiência hepática, levando a necessidade  de transplante hepático. 

Como diagnosticar hepatopatias crônicas? 

O primeiro passo é o exame de sangue para avaliação das enzimas hepáticas e  anticorpos e exames de imagens a ultrassonografia e tomografia e agora o  mais novo exame, a elastografia, um exame seguro que pode evitar a biopsia  hepática em algumas situações. 

O fígado é o 2º maior órgão do corpo (atrás apenas da pele) e exerce  inúmeras funções, como síntese de proteínas, armazenamento energético e  excreção de substâncias tóxicas, assim sendo essencial para a homeostase  do organismo.

Doença hepática gordurosa não alcoólica (Esteatose Hepática).

A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é a doença hepática  crônica mais comum no mundo, estando presente em 35% da população  brasileira. 

Pode ser definida como o acúmulo de gordura no fígado e é uma condição 

completamente reversível. 

Ela está associada diretamente ao sobrepeso/obesidade, resistência  insulínica (diabetes mellitus) e dislipidemias. 

O risco da DHGNA é a evolução para esteato-hepatite não alcoólica (NASH),  que ocorre em 30% dos casos, assim, tendo a probabilidade de progredir para  cirrose ou carcinoma hepatocelular. 

O diagnóstico desta doença hepática crônica é feito por acaso, pois a DHGNA  é assintomática e essa é a grande importância dos exames de  ultrassonografia de rotina e nos casos de esteatose hepática o estudo com  elastografia para avaliar o grau de comprometimento e fibrose hepática. 

FONTES: 

  • Manual de Medicina Harrison – 20ª edição 
  • Patologia Robbins – 9ª edição

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